22 de agosto de 2009

Comentando tema de interesse do leitor Gabriel Gonzalez

A postagem nos chegou em 19 de Agosto último, às 14:06.

gabriel.gonzalez disse...

Embora originário e residente do Rio de Janeiro, desde criança visito Leopoldina e posso dizer que amo a cidade. Imagino que seja motivo de grande orgulho para os leopoldinenses, serem representados por um candidato a Deputado Federal como estes, pois também o é para mim, freqüentador do município. Gostaria ainda de pedir a Júlio Cesar que exponha em um POST, a sua opinião sobre a presente crise do senado. Obrigado e Parabéns!

19 de Agosto de 2009 14:06

Por Júlio Cesar Martins

A crise do Senado da República não é nova, porém, agravou-se por conta da proximidade das eleições. Tendo em vista a perspectiva da polarização entre os pré-candidatos Serra e Dilma seus correligionários senadores inevitavelmente não conseguem mais controlar a antecipação do debate eleitoral. Este é o “pano de fundo” do espetáculo, temperado pelos sucessivos escândalos que surgiram nos últimos meses cuja origem está nos Atos praticados pelas administrações de Sarney e Renan.

A falta de isenção ficou patente nas deliberações do Conselho de Ética, órgão de apoio do Senado que, despido diante do público através da TV Senado e por toda a mídia, não teve como mascarar o corporativismo e o jogo de interesses que movem esta instituição outrora respeitada pela opinião pública.

A perpetuação de Suas Excelências é um agravante, inevitável no regime democrático. Um dos antídotos poderia ser a redução dos oito anos de mandato de um senador, a meu ver período longo demais se comparado aos quatro anos dos demais cargos eletivos nas três esferas do Legislativo. Quando menciono o Conselho de Ética o faço não pelo fato de esperar “cassação” de parlamentares, mas pela aparição inócua do CE ao simplesmente arquivar as denúncias sem conceder ao povo brasileiro o DIREITO de interpretar o procedimento dos denunciados e ele sim, o eleitor, aplicar a pena ou o direito de permanecer na vida pública. Cometeram “pecado” a MESA diretora do Conselho de Ética e seu colegiado.

Aprofundando o comentário, cabe aqui o conceito de que o próprio Regimento Interno do Senado necessita de reformulação, aperfeiçoando mecanismos tais como:

Prazo maior para uso da Tribuna

Inclusão de norma que OBRIGUE o presidente da Casa a se licenciar da presidência enquanto durarem investigações que existam sobre ele no Conselho de Ética

Sepultamento da figura do Suplente de Senador, dentre outras medidas.

A existência de um suplente da maneira como está configura privilégio que revela uma proteção inconcebível aos senadores, pois seus pares na Câmara dos Deputados e Assembléias Estaduais os titulares são substituídos por suplentes que conquistaram estas posições através do voto e não por indicação sabe-se lá de quem. Deveria assumir a vaga deixada por um senador o candidato imediatamente mais votado no pleito-referência. Seria mais justo com todos, candidatos e eleitores.

Importante realçar que a existência do Senado é fundamental para a Democracia plena no Brasil, e deve ter um fim a argumentação de algumas pessoas sobre o fechamento do Senado ou da Câmara, redução de cadeiras. Quem dispõe atualmente de prerrogativas democráticas (o povo) deveria compreender que estas só existem pelo esforço tanto da Câmara dos Deputados quanto do Senado. Mais trabalho, senhores e senhoras senadores. Menos demagogia, menos populismo. A turma aqui do mundo real está atenta.

Enfim, a MAIORIA não deveria fazer o jogo de esmagar a MINORIA. Correto, perfeito, justo, honesto, seria debater com ética e realismo os temas de interesse nacional.



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Júlio Cesar Martins Gonçalves é natural de Leopoldina / MG. Radialista, Jornalista, Mestre de Cerimônias, Professor e Historiador graduado pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Cataguases / MG. Atuou nas principais emissoras de Rádio da Zona da Mata e nas Rádios Mundial AM e Globo FM do Rio de Janeiro (1982), ambas do Sistema Globo de Rádio. Foi locutor comercial e de cabine da TV Globo Juiz de Fora (1989). Apresentador de grandes eventos em Leopoldina e região nos últimos trinta anos. Exerceu o cargo de Chefe da Seção de Imprensa da Prefeitura de Leopoldina no primeiro mandato do Prefeito José Roberto de Oliveira. Ex-assessor na Assembléia Legislativa de Minas Gerais, ao lado dos deputados estaduais Bené Guedes e Bráulio Braz. Ex-assessor da Câmara Municipal de Leopoldina, na gestão do Presidente Ricardo Ávila. Após a criação da Secretaria de Meio Ambiente pelo Prefeito Bené Guedes foi nomeado Secretário de Meio Ambiente de Leopoldina (2009) alcançando grandes conquistas e avanços para o município. Ex-Presidente da Conselho Municipal de Meio Ambiente. Ex-Presidente da Lira Musical Primeiro de Maio. Membro do Rotary Club Leopoldina. Presidente do PMN - Partido da Mobilização Nacional - Leopoldina. Candidatou-se a deputado federal nas últimas eleições de 2010, apoiando incondicionalmente o Governador Antônio Anastasia, reeleito, além dos candidatos Aécio Neves e Itamar Franco, ao Senado, ambos vitoriosos. Obteve 6.135 votos em Leopoldina (22,19 do eleitorado), de um total de 7.092 votos obtidos em 91 municípios mineiros. Incluiu Leopoldina entre as três maiores votações percentuais do PMN em Minas Gerais. É o 5º Suplente da legenda para a Câmara dos Deputados. Em Novembro de 2010, após as eleições, retomou suas atividades profissionais na Imprensa, fundando o Jornal Inconfidência - publicação quinzenal, em cores e preto e branco, cobrindo Leopoldina e região. Clique aqui para me enviar um e-mail, ou escreva para: juliodaradio@gmail.com.


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