4 de março de 2011
Morre Aracy, viúva do escritor Guimarães Rosa Este registro do Blog "cruza" informações da História e da Literatura brasileiras. Morreu na manhã desta quinta-feira (3) em São Paulo, aos 102 anos, a viúva do célebre escritor mineiro João Guimarães Rosa, Aracy Moebius de Carvalho Guimarães Rosa. Ela sofria de Mal de Alzheimer e, segundo a família, sua morte se deu em decorrência de causas naturais. João e Aracy se conheceram na Alemanha, às vésperas da Segunda Guerra Mundial. Ela trabalhava na seção de vistos do consulado brasileiro em Hamburgo, enquanto Rosa exercia seu cargo de diplomata. FOTO: REPRODUÇÃO
Casal se conheceu em Hamburdo, na Alemanha, às vésperas da Segunda Guerra Mundial Formado em Medicina, Guimarães exerceu a profissão até 1934, quando ingressou na carreira diplomática, tendo servido na Alemanha, Colômbia e França.
Enquanto o marido era médico, além de diplomata, Aracy ajudou a salvar dezenas de vidas. Ela enganou a diplomacia de Getúlio Vargas para salvar dezenas de judeus na Segunda Guerra Mundial usando a sua função no consulado para ajudar famílias judias a fugirem da Alemanha. Por causa disso, seu nome foi gravado em uma placa no Jardim dos Justos, no Museu do Holocausto de Jerusalém. No Museu do Holocausto em Washington também há uma homenagem a ela.
Em um de seus livros mais famosos, “Grande Sertão: Veredas”, publicado em 1956, Guimarães Rosa imortalizou a amada com uma dedicatória: "A Aracy, minha mulher, Ara, pertence este livro". Onze anos depois, em 1967, morreu o escritor. Ele nasceu em Cordisburgo (MG) a 27 de junho de 1908.
Foto: http://themaias.wordpress.com
Aracy deixou quatro netos e oito bisnetos.
A ocasião nos permite relembrar, e ao mesmo tempo apresentar aos mais jovens que ainda não tiveram contato com esta pérola de nossa literatura, algumas referências sobre a vida e o legado de Guimarães Rosa.
Sua primeira obra foi Magma, um livro de poemas, com o qual obteve um prêmio da Academia. O livro ficaria inédito. Estreou para o público, de fato, em 1946 com um livro de contos que se tornaria um marco em nossa literatura: Sagarana. Mas sua consagração definitiva viria dez anos depois, com o romance Grande sertão: veredas. Eleito para a Academia Brasileira de Letras em 1963, só tomaria posse em 1967, morrendo três dias depois. No seu discurso de posse, em algumas passagens o escritor parece antecipar o fato. Os últimos parágrafos de seu discurso têm como assunto a morte. "A gente morre é para provar que viveu. (...) As pessoas não morrem, ficam encantadas." Mas a palavra derradeira desse discurso foi o nome de sua cidade natal: Cordisburgo.
Obra
Romance: Grande Sertão: Veredas (1956).
Contos: Sagarana (1946); Corpo de baile (1956); Primeiras estórias (1962); Tutaméia: terceiras estórias (1967); Estas estórias (1969); Ave, palavra (1970). Suas obras foram traduzidas para diversos idiomas. Corpo de baile apareceu, a partir da terceira edição, em três volumes: Manuelzão e Miguilin; No Urubuquaquá, no Pinhém; Noites do senão.
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BiografiaJúlio Cesar Martins Gonçalves é natural de Leopoldina / MG. Radialista, Jornalista, Mestre de Cerimônias, Professor e Historiador graduado pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Cataguases / MG. Atuou nas principais emissoras de Rádio da Zona da Mata e nas Rádios Mundial AM e Globo FM do Rio de Janeiro (1982), ambas do Sistema Globo de Rádio. Foi locutor comercial e de cabine da TV Globo Juiz de Fora (1989). Apresentador de grandes eventos em Leopoldina e região nos últimos trinta anos. Exerceu o cargo de Chefe da Seção de Imprensa da Prefeitura de Leopoldina no primeiro mandato do Prefeito José Roberto de Oliveira. Ex-assessor na Assembléia Legislativa de Minas Gerais, ao lado dos deputados estaduais Bené Guedes e Bráulio Braz. Ex-assessor da Câmara Municipal de Leopoldina, na gestão do Presidente Ricardo Ávila. Após a criação da Secretaria de Meio Ambiente pelo Prefeito Bené Guedes foi nomeado Secretário de Meio Ambiente de Leopoldina (2009) alcançando grandes conquistas e avanços para o município. Ex-Presidente da Conselho Municipal de Meio Ambiente. Ex-Presidente da Lira Musical Primeiro de Maio. Membro do Rotary Club Leopoldina. Presidente do PMN - Partido da Mobilização Nacional - Leopoldina. Candidatou-se a deputado federal nas últimas eleições de 2010, apoiando incondicionalmente o Governador Antônio Anastasia, reeleito, além dos candidatos Aécio Neves e Itamar Franco, ao Senado, ambos vitoriosos. Obteve 6.135 votos em Leopoldina (22,19 do eleitorado), de um total de 7.092 votos obtidos em 91 municípios mineiros. Incluiu Leopoldina entre as três maiores votações percentuais do PMN em Minas Gerais. É o 5º Suplente da legenda para a Câmara dos Deputados. Em Novembro de 2010, após as eleições, retomou suas atividades profissionais na Imprensa, fundando o Jornal Inconfidência - publicação quinzenal, em cores e preto e branco, cobrindo Leopoldina e região.ContatoClique aqui para me enviar um e-mail, ou escreva para: juliodaradio@gmail.com.FotosPostagens anteriores
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