3 de maio de 2011

A Chuva que desperta sonhos possíveis

A Chuva que desperta sonhos possíveis

Chove em Leopoldina. A chuva começou há pelo menos 24 horas. Ao menos na região central não existem problemas que exijam alguma ação. Preocupa-me o prolongamento desta chuva, tendo em vista que o solo em áreas de risco absorve grande quantidade de água, podendo desabar. Como a nossa região tem um relevo característico, ou seja, com morros e montanhas, as famosas "montanhas de Minas", muitos bairros e ruas foram construídos nestas regiões. E são estes pontos os que merecem maior atenção.

As nossas estradas vicinais também merecem uma atenção especial

Acompanho a situação rural, relativa ao transporte de pessoas e produtos hortifrutigranjeiros há pelo menos duas décadas e meia. Como repórter, já registrei quedas de pontes, quedas de barreiras, interrupção de vias devido a atoleiros, buracos, e observo que pouco ou quase nada mudou, salvo raras excessões, neste período. Falta sinalização orientando e alertando os condutores quanto a curvas perigosas, descidas, risco de queda de barreira, animais na pista, importância de se preservar o meio ambiente, etc. Além de placas, falta por parte dos usuários e proprietários ao longo das estradas rurais uma maior conscientização para que preservem a natureza. Falta priorizar o alargamento das nossas estradas rurais, uma vez que somos, por vocação, grandes produtores rurais cujas produções precisam ser escoadas, principalmente a do leite. Em boa parte destas estradas, quando se encontram um ônibus e um caminhão, ou dois ônibus, ou dois caminhões, é um problema sério. Como são estradas de mão dupla, às vezes até veículos de passeio se apertam.

A sede do município de Leopoldina se liga por estradas de terra aos distritos de Providência, Abaíba, e às comunidades de São Martinho e São Lourenço. Ribiero Junqueira, Tebas e Piacatuba já foram contempladas pelo asfalto. A comunidade da Boa Sorte é acessada por estrada de chão, e através dela também chegamos a Tebas. Por Tebas nos ligamos ao distrito de Piacatuba (e vice versa) através de uma estrada de terra, que pode e deve ser incluída em projetos de melhorias. De Piacatuba chegamos, por estradas de terra, a Itamarati de Minas e São João Nepomuceno. Tive a oportunidade de defender, na campanha eleitoral passada, como candidato a deputado federal, o asfaltamento da ligação até São João Nepomuceno, que representa um enorme salto rumo ao desenvolvimento dos dois municípios, um intercâmbio que fará muito bem tanto a Leopoldina, quanto a São João. Sua implementação propiciará a construção de empreendimentos como: Postos de combustíveis, hotéis fazenda, motéis, lanchonetes, oficinas mecânicas, borracharias, abertura de linhas de ônibus, etc.

Como cidadão, preocupado em dar condições de vida aos nossos conterrâneos, ao mesmo tempo que avalio a passagem por Leopoldina de turistas e profissionais à trabalho, discuto quais os caminhos que podem ser seguidos, num projeto de curto, médio e longo prazos, dependendo da prioridade de cada uma das estradas que mencionei.

A utilização do asfalto é a melhor alternativa? Se for, que sejamos capazes de trabalhar pela sua colocação, dotando as estradas rurais da infraestrutura necessária para que a cobertura asfáltica seja de boa qualidade e que resista por mais tempo às intempéries e desgastes. Sem sombra de dúvidas, uma boa reforma feita com a utilização de máquinas e profissionais orientados por técnicos comprometidos com os resultados pretendidos por uma gestão focada no desenvolvimento rural, incluidos aí a questão do prazo de duração das obras, precisa ser idealizada e executada.

Em alguns trechos, inevitavelmente, poderão ser empregados materiais alternativos, como por exemplo: os bloquetes intertravados nas vias que cortam São Martinho e São Lourenço, o que melhoraria o visual, daria qualidade de vida àquelas comunidades numa extensão maior que a atual. Qual seria a vantagem: estariamos motivando a construção de novos imóveis, atraindo compradores, turistas, investidores, mas o principal motivo: estaríamos "olhando" por aquela parcela da população que normalmente recebe muito menos do que é destinado a quem mora na sede do município.

Defendo que todo o trabalho neste segmento deva ser feito em sintonia com os mecanismos existentes de apoio ao meio rural, como sindicatos, associações e cooperativas, sem descartar o diálogo com todos os personagens, do pequeno produtor ao grande agropecuarista, do meeiro ao criador de animais, do trabalhador braçal ao intelectual que descansa no campo uma vez por mês ou uma vez por ano. Todos tem o seu espaço, o seu papel, a sua força, a sua voz, o seu direito. Consenso é difícil, mas não impossível de se alcançar. Democracia é defender que todos tenham direitos iguais.

É respeitando nosso potencial produtivo, aproveitando as novas tecnologias, que poderemos nos tornar referência na produção de alimentos, abastecendo o mercado interno leopoldinense, cidades da região, do estado e de outros estados. Investindo neste segmento, sem desprezar outros é claro, ampliaremos a geração de emprego, diminuindo as desigualdades e nos fazendo reconhecer pelo que somos fortes, assim como Ubá no setor moveleiro, Muriaé no setor de confecções, Franca/SP no setor de calçados, e por aí vai.

Medito na letra da música dos Titãs - Comida - e percebo onde estamos falhando todos nós, ao aceitarmos que nossos gestores, sejam eles de qualquer esfera institucional, façam o que querem e não o que precisa ser feito. Tenho certeza que você perceberá, nos versos da canção, abaixo, a que estou me referindo.

"A gente não quer só comida, A gente quer comida, diversão e arte
A gente não quer só comida, A gente quer saída para qualquer parte
A gente não quer só comida, A gente quer bebida, diversão, balé
A gente não quer só comida, A gente quer a vida como a vida quer
A gente não quer só comer, A gente quer comer e quer fazer amor
A gente não quer só comer, A gente quer prazer pra aliviar a dor
A gente não quer só dinheiro, A gente quer dinheiro e felicidade
A gente não quer só dinheiro, A gente quer inteiro e não pela metade"

Esta composição, de autoria de Arnaldo Antunes, Marcelo Fromer e Sérgio Britto, revelou pra mim que é possível fazer uma verdadeira transformação na sociedade. Não uma revolução armada, não uma revolução revanchista, perseguidora ou discriminadora. Uma releitura de tudo que foi feito e do que podemos fazer melhor. Somos criaturas destinadas a evoluir. Evoluir também no plano político / administrativo.

Quisera poder despertar em você, que me prestigia ao ler minhas considerações, o sentimento de querer melhorar o mundo na parcela que alcanço, ou seja, minha cidade, a gente da minha cidade, as pessoas da minha região.


postado por Júlio Cesar Martins às

1 Comentários:

Anonymous MARIA DA PENHA disse...

PARABENS PELO BLOG JULIO E PARABENS PELA SUA CAMPANHA. SOH DE TU TER GANHADO DO OMAR PERES EM LEOPOLDINA DEMONSTRA A SUA FORÇA COM O POVO. SUCESSOS.

6 de maio de 2011 às 01:05  

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Júlio Cesar Martins Gonçalves é natural de Leopoldina / MG. Radialista, Jornalista, Mestre de Cerimônias, Professor e Historiador graduado pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Cataguases / MG. Atuou nas principais emissoras de Rádio da Zona da Mata e nas Rádios Mundial AM e Globo FM do Rio de Janeiro (1982), ambas do Sistema Globo de Rádio. Foi locutor comercial e de cabine da TV Globo Juiz de Fora (1989). Apresentador de grandes eventos em Leopoldina e região nos últimos trinta anos. Exerceu o cargo de Chefe da Seção de Imprensa da Prefeitura de Leopoldina no primeiro mandato do Prefeito José Roberto de Oliveira. Ex-assessor na Assembléia Legislativa de Minas Gerais, ao lado dos deputados estaduais Bené Guedes e Bráulio Braz. Ex-assessor da Câmara Municipal de Leopoldina, na gestão do Presidente Ricardo Ávila. Após a criação da Secretaria de Meio Ambiente pelo Prefeito Bené Guedes foi nomeado Secretário de Meio Ambiente de Leopoldina (2009) alcançando grandes conquistas e avanços para o município. Ex-Presidente da Conselho Municipal de Meio Ambiente. Ex-Presidente da Lira Musical Primeiro de Maio. Membro do Rotary Club Leopoldina. Presidente do PMN - Partido da Mobilização Nacional - Leopoldina. Candidatou-se a deputado federal nas últimas eleições de 2010, apoiando incondicionalmente o Governador Antônio Anastasia, reeleito, além dos candidatos Aécio Neves e Itamar Franco, ao Senado, ambos vitoriosos. Obteve 6.135 votos em Leopoldina (22,19 do eleitorado), de um total de 7.092 votos obtidos em 91 municípios mineiros. Incluiu Leopoldina entre as três maiores votações percentuais do PMN em Minas Gerais. É o 5º Suplente da legenda para a Câmara dos Deputados. Em Novembro de 2010, após as eleições, retomou suas atividades profissionais na Imprensa, fundando o Jornal Inconfidência - publicação quinzenal, em cores e preto e branco, cobrindo Leopoldina e região. Clique aqui para me enviar um e-mail, ou escreva para: juliodaradio@gmail.com.


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