22 de março de 2011

Chico Anysio tem alta do Hospital

Bom dia a todos os leitores e leitoras do Blog. A semana começa bem.

O comediante Chico Anysio recebeu alta nesta segunda-feira (21). Ele estava internado no Hospital Samaritano há quatro meses. Pelo Twitter, sua esposa, Malga di Paula, comemorou: "Sirene ligada. Estou na ambulância levando o meu amor para casa. Como eu previa! Salve Jorge! Malga Di Paula (com lágrimas nos olhos)", postou no microblog.

O humorista foi internado em 2 de dezembro, com falta de ar. Ao ser submetido a uma avaliação médica, foi detectada uma obstrução da artéria coronariana. Chico teve pneumonia por duas vezes durante o período em que ficou internado.



Durante todo o período de sua estada no Hospital nós torcemos por este momento. Tudo de bom ao Chico Anysio, patrimônio nacional.


Fonte: Jornal O TEMPO que publica Foto da AG News

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20 de março de 2011

Boas Vindas ao Outono.

Após um verão “daqueles”, que entrou para a história devido a suas elevadas temperaturas e chuvas arrasadoras, testemunharemos logo mais, o EQUINÓCIO (20h21min), fenômeno que coincide com o início do Outono, a estação do ano que sucede ao Verão e antecede o Inverno. Sua duração é de 92 dias, 17 horas e 55 minutos.

O horário de início do Outono é definido pelo instante em que o Sol atinge o Zênite de um ponto situado no Equador. Os raios solares incidem verticalmente no Equador e a área iluminada pelo Sol é igual nos dois hemisférios (norte e sul). Este evento que demarca o início do outono é denominado de Equinócio.

Ao medir a duração do dia, considera-se que o nascer do Sol (alvorada ou dilúculo) é o instante em que metade do círculo solar está acima do horizonte, e o pôr do Sol (crepúsculo ou ocaso) o instante em que o círculo solar está metade abaixo do horizonte. Com esta definição, o dia e a noite durante os equinócios têm igualmente 12 horas de duração.

A palavra equinócio vem do Latim – aequinoctiumaequus (igual) e nox (noite), e significa "noites iguais", ocasiões em que o dia e a noite duram o mesmo tempo.

Pode se preparar, porque o Outono é caracterizado pela queda na temperatura. Um outro fenômeno que deixa esta estação mais bonita e agradável é o amarelar das folhas das árvores. De fato, o Outono é uma estação inspiradora.

Lembro-me como se hoje fosse a sucessão de generais na presidência da República do Brasil. Nasci em abril de 1965, Outono. A nação experimentara o primeiro aniversário do Golpe Militar (que muitos chamam REVOLUÇÃO).

Em 1968 tornou-se um hino de resistência ao governo militar de então a música “Pra não dizer que não falei de flores”, do paraibano Geraldo Vandré, segundo lugar no III Festival da Canção.

Em 1969, com apenas quatro anos, eu já conseguia ler notícias e textos de livros infantis, apesar de só entrar para a escola (Grupo Escolar Botelho Reis) em 1970.
Agradeço com carinho à professora Juracy, hoje professora aposentada, casada com um fraterno amigo que me viu crescer, o empresário José Benedito de Oliveira, o Bené Construtor. “Dona” Juracy todos os dias, na parte da manhã, dedicava-se a me alfabetizar. Era nossa vizinha, e numa sala nos fundos de sua casa, com muito carinho e paciência, fez-me sentir especial. Parece que foi hoje, na sala de aula da “Dona Juracy”, que um tanto encabulado, escrevi um cartão para presentear minha mãe junto a uma flor linda, pelo dia das mães. Florinda, nome de minha mãe.

Saudades daquele tempo, saudades da minha infância.

Em 1973 eu tinha oito anos de idade. Acreditem, já adorava ouvir emissoras de Rádio. Assistia noticiários na TV e compreendia tudo. Neste ano morria Pablo Neruda, célebre poeta chileno, nascido em 1904. É dele o poema que escolhi para saudar o Outono.
“Quero apenas cinco coisas..

Primeiro é o amor sem fim
A segunda é ver o Outono
A terceira é o grave inverno
Em quarto lugar o verão
A quinta coisa são teus olhos
Não quero dormir sem teus olhos.
Não quero ser... sem que me olhes.
Abro mão da primavera para que continues me olhando.”

“Escrever é fácil: você começa com uma letra maiúscula e termina com um ponto final. No meio você coloca as idéias.”
Pablo Neruda









Em tempo:
Geraldo Vandré completará 76 anos no dia 12 de setembro.

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14 de março de 2011

Nascimentos, mortes, comemorações... Hoje o dia é recheado!

Quero começar esta postagem mandando um abraço ao meu amigo Geraldo Cevidanes, o "Geraldinho da Transcolin". Quem é de Leopoldina sabe que trata-se de uma pessoa especial. Portanto, a você Geraldinho, o meu abraço do dia (ou seria melhor: do Jornal Inconfidência?).

Os tremores de terra continuam no Japão, com receio de que outro tsunami possa atingir aquela região. As repercussões nucleares em usinas japonesas deixaram o mundo em alerta. Em outros lugares também ocorreram terremotos, inclusive em Minas Gerais, na cidade de Montes Claros. No Hawai, o vulcão de maior atividade preocupa. Recentemente, as chuvas exageradas na região serrana do Rio de Janeiro - uma lástima. Minas Gerais também foi muito castigada pelas chuvas, e o cenário das águas se deslocou para o sul do país. No Brasil, um país abençoado pelo sol, as pessoas quase derreteram com o calor no final de 2010, onde as mais altas temperaturas foram registradas.

Minha gente, já passou da hora de agirmos em relação ao comportamento dos seres humanos para com o planeta Terra. A natureza está simplesmente confirmando a lei de causa e efeito, a natureza está reagindo.

Se não podemos fazer tudo, alguma coisa podemos fazer, como por exemplo: economizar o consumo de água potável. Tem tantas pessoas desperdiçando água neste momento em que você lê este artigo. Desperdiçam de várias formas: lavando veículos, molhando passeios e ruas, esquecendo torneiras abertas, tomando banhos demorados, esvaziando e enchendo piscinas, etc.

Será que precisamos descartar tantas coisas que temos em casa, transformando-as em lixo?

E por aí vai.

Não gosto de ser repetitivo, pois já falei várias vezes sobre este tema, tanto aqui, quanto em palestras para crianças, jovens e adultos. Mas temos que continuar alertando àquelas pessoas que podem fazer acontecer, para que de fato, tomem providências. U-R-G-E-N-T-E-M-E-N-T-E.

Curiosidades desta segunda-feira

No dia 14 de março de 1985 o presidente eleito do Brasil, Tancredo Neves é internado, na véspera de sua posse, em um hospital de Brasília, onde realiza uma operação abdominal. Em seu lugar, assume a presidência o vice José Sarney. Tancredo morreria no dia 21 de abril desse mesmo ano.

Nasceram em 14 de março:

Em 1879 - Albert Einsten (físico alemão)


Em 1933 - Michael Caine (ator britânico), Quincy Jones (músico e compositor norte-americano), Manoel Carlos (escritor e novelista brasileiro)

Em 1938 - Glauber Rocha (cineasta brasileiro) falecido em 1982.

Em 1947 - Billy Crystal (ator e comediante norte-americano).

Em 1970 - Júnior Baiano (ex-futebolista brasileiro)


Falecimentos no dia 14 de março:

Karl Marx, filósofo e teórico político alemão - 1883.


Comemorações de 14 de março:

Dia do Vendedor de Livros

Dia Nacional da Poesia

Dia dos Animais


Em tempo:

Hoje, estreiou a nova programação da Rádio Globo - RJ. O comunicador Roberto Canázio, cuja carreira acompanhamos há pelo menos três décadas, ocupa agora o horário nobre daquela emissora, das 10 às 13 horas. Horário que por muitos e muitos anos o querido e saudoso Haroldo de Andrade comandou, deixando sua marca nos DEBATES POPULARES. Emocionante a homenagem de Canázio a Haroldo, reproduzindo sua voz interpretando uma de suas crônicas do "Bom dia com Haroldo de Andrade". Canázio conversou, por telefone, com a viúva do comunicador, que também se emocionou.

Foto: Roberto Canázio

Fonte: Blog do meu amigo radialista Léo de Oliveira, da Rádio Globo - Juiz de Fora


Parabéns, Roberto Canázio, pela conquista deste espaço no Rádio, na Rádio Globo. Este momento representa o reconhecimento pela sua jornada, pela sua obra, desenvolvida certamente com muito sacrifício - pois assim é o dia a dia de todos nós, comunicadores.

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12 de março de 2011

Curiosidades

Hoje, 12 de março, é o dia do Bibliotecário.
Nesta data foi fundada a cidade de RECIFE, considerada a Veneza brasileira. O fato deu-se em 1537. OLINDA, também em Pernambuco comemora seu aniversário. Muitas personalidades nasceram em 12 de março. Steve Harris, músico britânico do Iron Maiden é uma destas personalidades. Deborah Evelyn, sucesso na novela Insensato coração, da Globo, também aniversaria hoje.
Outro fato do dia: em 12 de março de 1894 teve início a venda de Coca-Cola em garrafas. Em 1969 a polícia encontra 120 cigarros de maconha na casa do beatle George Harrison. Era 12 de março.

Planejamento sem ação é igual a nada. Ação sem planejamento é amadorismo. E é assim, salvo algumas excessões, que o Brasil assiste milhares de brasileiros morrerem a cada ano, vítimas de catástrofes como o Terremoto/Tsunami do Japão. Basta recordar o clima que tomou conta do país, semanas atrás, com a tragédia da região serrana do Rio de Janeiro.

O que vimos no Japão é grave, mas a perda de vidas foi infinitamente menor do que seria no Brasil, um país que não está preparado para agir preventivamente. Há uma filosofia enraizada, entenda-se "administrativamente" falando, de agir depois do fato consumado.
Várias e várias cidades não contam com uma Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, UTIs móveis, etc. Falta preparo, ou melhor, falta a cultura da prevenção, faltam investimentos públicos.

O que dizer se em municípios espalhados pelo país não existe nem água potável, conforme divulgam frequentemente as reportagens de TV?
Lamentavelmente, o que testemunhamos a cada dia quando se fala em "tragédias" é a inoperância do Estado, seja nas esferas Federal, Estadual ou Municipal.
É o caminhão transportando algum tipo de poluente que tomba na estrada e contamina um curso d'água.
É a pista de um aeroporto que não tinha frisos para ajudar na frenagem das aeronaves, que se arriscam minuto a minuto.
É um contingente reduzido de controladores de radar nos principais centros de controle aéreo do Brasil.
É a morte de centenas e centenas de pessoas porque ninguém agiu para sua retirada das áreas de risco onde habitavam.
Enfim, é a falta de planejamento estratégico para se agir, ou REAGIR, em situações de risco.

Num exemplo, pergunto: Você já foi preparado para fazer uma massagem cardíaca, em casos de emergência? Muito provavelmente não. Se foi, você é excessão. E esta massagem, salva vidas. Um problema que requeira este procedimento pode acontecer a qualquer momento, na rua, no shopping, no ônibus, no avião, no estádio de futebol, até mesmo em casa.

O mundo está percebendo, a um custo elevadíssimo de vidas, que estamos falhando. Ou não?

ABRAÇOS: Ao José Geraldo Gué, um dos diretores-proprietários da Rádio Jornal AM de Leopoldina. Renovando a programação da emissora

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11 de março de 2011

Quem vai comentar?

Quem vai comentar?

Superamos os 18.400 acessos ao Blog. Agradeço a todos vocês que periodicamente visitam este espaço, que não é meu, é nosso.

Em nossos registros, observamos que há dias em que recebemos 40 visitas, em outros, mais de 200 acessos, portanto, existe um fluxo muito bom dos internautas, mesmo nos dias de menor visitação.

Desde 2009, conforme poderão verificar em nossos arquivos, estamos aqui, alegres por podermos interagir com vocês. Mesmo não havendo comentários, tenho consciência que nossas postagens são lidas.

Durante boa parte da existência do Blog recebemos comentários com os mais variados pontos de vista. Só comunicamos aos leitores que iríamos suspender a publicação dos comentários devido ao “calor” do período eleitoral de 2010, preservando o Blog de eventuais denúncias junto à Justiça Eleitoral.

Portanto, amigos e amigas do Blog do Júlio Cesar, sintam-se à vontade para comentar as matérias que, com muito prazer, escrevo para vocês.

Antes de encerrar, rendo minhas homenagens à Escola de Samba Beija Flor, de Nilópolis – RJ, pela conquista do título de campeã do carnaval carioca. Igualmente, à Vai Vai, em São Paulo. Uma, homenageando o “rei” Roberto Carlos, a outra, o maestro João Carlos Martins.

ABRAÇOS: Meu abraço especial ao deputado estadual por Minas Gerais, Alencar da Silveira Júnior, autor do Projeto que criou a TV Assembléia e um excelente parlamentar. Gente nossa.

Bom final de semana.







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8 de março de 2011

Mudemos o clima de agitação e reflitamos juntos

Na postagem anterior comentei sobre o texto abaixo, de autoria da professora Virgínia Cabral, colunista do Jornal Inconfidência, historiadora e professora que conquistou um excelente conceito ao longo dos últimos 25 anos atuando na Educação de crianças e jovens.

Resgato, portanto, o compromisso de compartilhar com os leitores e leitoras do Blog esta belissima página, alvo de comentários e estudos, abrindo o debate entre os educadores sobre o papel que eles exercem na formação das nossas crianças.

Comentem, compartilhem.

Agradeço a todos pelo carinho dispensado às nossas postagens, sempre com a intenção de acrescentar algo de positivo em nossas vidas.

Até a próxima.

Com vocês, o artigo de Virgínia Cabral, colunista E-X-C-L-U-S-I-V-A do Jornal Inconfidência.


O abraço que valeu uma Amizade

Virgínia Cabral

Há 25 anos trabalho com crianças e adolescentes. O que sempre me preocupou nestes anos todos é como poderia ter uma relação saudável com eles. Uma relação de amizade, de confiança. Uma relação em que eles percebessem que eu estava ali para compreendê-los, para ajudá-los na difícil tarefa de enfrentar as dificuldades da vida. Já adultos e tendo passado por tantos desafios, muitas vezes nos irritamos com os erros de nossos adolescentes e crianças. É compreensível, já que tudo o que queremos é o bem deles. Esquecemos então de dar oportunidades a eles de errar, de caminhar com suas próprias pernas. Há alguns meses, foi me passada uma frase que mexeu muito comigo. Essa frase dizia assim: “Quando quiser repreender uma criança ou adolescente, abra mais os braços e feche mais a boca”. Fiquei pensando em quantas oportunidades eu perdi de abrir os meus braços e de tantas outras que teria sido melhor ficar calada. Quando uma criança comete um erro chegamos a ela cheios de discursos, de palavras que muitas vezes não fazem o menor sentido para ela naquele momento. Tantas vezes seria necessário apenas abraçá-la e nesse abraço tudo estaria dito. Neste abraço ela perceberia expressões como: “Eu te amo!” ; “Eu sei que você não fez por mal!”; Eu acredito que você poderá fazer melhor da próxima vez!”; “Eu também já errei um dia!”. Acredito que abrindo os braços estaremos correndo menos riscos de fechar as portas para uma relação de amizade com nossos filhos e alunos. Ensinamos a eles quando pequenininhos quanto é importante pedir desculpas, dizer muito obrigado, pedir licença, mas nos esquecemos que nós também falhamos neste aspecto com eles próprios. Um dia, um aluno meu me respondeu mal e eu, muito ofendida, fechei meus braços e abri violentamente minha boca. Horas depois já estava arrependida. Naquele mesmo dia encontrei com ele fora da sala de aula. Ele passou por mim e desviou o olhar. Percebi então que se não agisse naquele momento nunca mais teria aquele adolescente de volta. Chamei por ele e abri meus braços. Antes que eu dissesse alguma coisa ele me abraçou e disse: “Foi mal, Tia!” Eu o abracei com força e pedi desculpas também. Hoje somos grandes amigos. Naquele momento ele percebeu que pode errar, percebeu que os adultos erram também e mais do que isso, percebeu o quanto é importante ser humilde e se desculpar. Depois disso tento ficar mais com minha boca fechada e manter meus braços abertos.

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6 de março de 2011

Três anos sem o "mestre" Haroldo de Andrade

Nasci em 1965. Cresci ouvindo a Rádio Globo e nela Haroldo de Andrade, dentre vários grandes radialistas (Valdir Vieira, Gilberto Lima, Edmo Zarif, Humberto Campos, Roberto Figueiredo, Isaac Zaltman, Valdir Amaral e Jorge Cury, Luciano Alves, Adelzon Alves, Paulo Giovani, Glauco Fasheber, e outros tantos locutores a quem admirava e admiro). Haroldo era, sem dúvida, o maior, aquele que conseguia reunir das 9 às 12 horas uma audiência superior à obtida por todas as outras emissoras do Rio de Janeiro, somadas.

Muitos profissionais do Rádio influenciaram minha opção pelo Rádio. Gostaria de mencionar Humberto Carmpos, que apresentava o Vôo Livre, o Toca-Toca Mundial e o Ritmos de boite - todos pela Rádio Mundial AM - RJ, que era a "mania" da época. Refiro-me ao final dos anos 70/começo dos anos 80. Quanta saudade.

Parece que foi ontem que Haroldo se foi.

Na tarde de última terça-feira, primeiro de março foi celebrada na Igreja N. S. da Glória, a do Largo do Machado, no Rio de Janeiro, a missa pelo terceiro aniversário de morte do grande Haroldo de Andrade.

Ético, envolvente, transmitia credibilidade a cada palavra.

Costumo dizer que minha ultra rápida passagem pelo Sistema Globo de Rádio em 1982, quando atuei nas Rádios Mundial AM e Globo FM, tendo a oportunidade de fazer algumas gravações para a Globo AM, está vinculada à figura de Haroldo de Andrade. E explico.

Naquela ocasião, ele e o Carlos Antônio (hoje na Globo - Belo Horizonte), filho do comunicador Antônio Carlos deixaram a Globo e a Mundial, respectivamente, e foram para a Rádio Bandeirantes, numa tentativa do Grupo Bandeirantes de investir no Rádio carioca.

Com a vaga deixada por Carlos Antônio, assumi alguns horários na Mundial AM. Lembro-me de ouvir, na sala do saudoso diretor de programação Jaime Azulay, a estréia da programação da Bandeirantes AM, no horário do Paulo Lopes (mineiro de Juiz de Fora) que deixara a Rádio Tupi, levado pela BAND para se somar à seleção que montaram naquela ocasião.

Enfim, este é apenas um registro histórico para homenagear o "mestre" de todos os radialistas, por várias gerações: Haroldo de Andrade. O Haroldo de Andrade do "Bom Dia", da sua "Hora Certa", dos "Debates Populares" e de tantas outras atrações, levadas ao ar com sua voz inconfundível. Quem não ouviu, perdeu.

Trajetória

Pela contribuição dada por Haroldo de Andrade ao Rádio, é justo escrever mais algumas linhas sobre ele.

"Nascido no dia 1º de maio de 1934, Haroldo de Andrade Silva começou a trabalhar cedo. Ainda na infância arrumou um emprego como office-boy no comércio, mas sempre que podia seguia até os estúdios do Serviço de Alto-Falantes Iguaçú, na Praça Tiradentes, onde fez amizade com Vicente Mickosz, locutor da praça. Naquela época, tais serviços de alto-falantes anunciavam produtos do comércio local e internacional e devido a seus conhecimentos junto a donos de lojas começou a fazer anúncios dos estabelecimentos no microfone.
Foi assim que a boa voz e a dicção muito clara chamaram a atenção do público, fazendo com que ingressasse na Rádio Clube Paranaense, onde passou a atuar como locutor, apresentando o Grande Programa RCA Victor, com repertório de músicas clássicas e líricas.
Aos 20 anos de idade, resolveu tentar a sorte como radialista no Rio de Janeiro, onde começou a trabalhar na antiga Rádio Mauá, cuja freqüência era 1060 AM, onde os mesmos predicados que o celebrizaram do início de carreira logo chamaram a atenção do público carioca, numa época em que o rádio era o veículo mais popular.
Grandes emissoras possuíam grandes auditórios, onde havia espaço para o público assistir às irradiações, mas na Rádio Mauá a platéia não existia e logo Haroldo criou uma maneira diferente de permitir a participação do público nas transmissões. Foi quando lançou o programa Musifone, em que os ouvintes podiam telefonar para o radialista e pedir músicas, participar de pequenos jogos e concorrer a prêmios. Com isso, Haroldo inaugurou a interatividade no rádio brasileiro.

A atração era um sucesso e alcançou o primeiro lugar na audiência e com o sucesso, Haroldo chamou a atenção de emissoras maiores, como a Rádio Globo que o contratou em 1961.
Nessa época Haroldo passou a comandar um programa matinal que levava seu nome, o Programa Haroldo de Andrade, com intensa participação dos ouvintes. O grande momento do programa era a mesa de debates, com nomes importantes de diversos campos debatendo o noticiário: os ‘’Debates Populares’’, cujo formato passou a ser copiado por todas as emissoras do Brasil. Nos anos 70, mesmo durante a vigência do Regime Militar, Haroldo comandou os Debates Populares com inteira liberdade e sucesso, recebendo pessoas dos mais diversos matizes ideológicos, conquistando liderança absoluta de audiência por mais de 30 anos consecutivos. Isso fez com que o “Programa Haroldo de Andrade” recebesse o prêmio de "Melhor Programa Radiofônico da América Latina" em 1977, no 10º Fórum Internacional de Programação de Rádio. No mesmo ano, a revista norte-americana Billboard apontou Haroldo de Andrade como a Maior Personalidade no Ar.

Com o sucesso Haroldo foi convidado a trabalhar na televisão onde comandou atrações nas emissoras TV Excelsior, TV Tupy Guarani e na TV Globo, mas a velha paixão pelo rádio logo o reconquistaria e Haroldo voltaria a se dedicar com exclusividade ao veículo.
Seu público majoritário era composto por donas de casa, aposentados, motoristas de táxi e estudantes.
Sua popularidade gerou reações curiosas, como a de uma ouvinte que diariamente esperava o apresentador na porta da Rádio Globo vestida de noiva, pronta para casar com o ídolo. Na mesma entrada da emissora, diariamente, dezenas de fãs e aspirantes à carreira artística também costumavam abordá-lo, em busca de um autógrafo, uma palavra de carinho ou uma chance de divulgação. Foi assim que Haroldo foi responsável pelo lançamento das carreiras de vários artistas hoje consagrados.
O sucesso e a liderança de Haroldo de Andrade na Rádio Globo permaneceram inalterados ao longo de mais de quatro décadas, apesar de uma curta passagem pela Rádio Bandeirantes entre 1982 e 1983.

No final da década de 1990 reformulações no rádio começaram a afetar a posição de Haroldo na preferência popular.
A direção do Sistema Globo de Rádio resolveu nacionalizar a programação e embora Haroldo tivesse ouvintes em outros estados, ele já era completamente identificado com o público carioca e fluminense e resistiu à idéia de dirigir-se aos públicos de outras localidades. Com isso, a Rádio Globo acabou por demiti-lo em julho de 2002, num episódio doloroso para o velho apresentador.

Incomodado com o fato de apenas administrar a sua empresa de marketing, Haroldo não se conformou com o fim de seu trabalho. Conversou com algumas outras emissoras, mas não entrou em acordo com nenhuma. Foi quando decidiu abrir a sua própria emissora, a Rádio Haroldo de Andrade, onde reuniu outros comunicadores de sua geração afastados das grandes emissoras, chegando ao terceiro lugar geral em audiência entre as rádios AM.

Aos poucos, dificuldades técnicas e falta de recursos de propaganda foram derrubando a audiência. A saída repentina da comunicadora Cidinha Campos, sem explicações, também atrapalhou o crescimento da emissora.

A partir de 2007, problemas de saúde obrigaram Haroldo a se afastar dos microfones. Sofrendo de diabetes há alguns anos, ele passou a sofrer com problemas cardíacos e renais. Após um breve retorno, a necessidade da colocação de um marcapasso em 2007 e a dependência do tratamento de diálise retiraram novamente Haroldo dos microfones.
Em janeiro de 2008, após um tombo em sua casa, Haroldo novamente voltou ao hospital, onde foi constatada uma gangrena em sua perna que acabou por ser amputada. A fragilidade do paciente levou a equipe médica que o atendia a colocá-lo em coma induzido, de onde não mais sairia.
Haroldo de Andrade faleceu às 15 horas do dia 1º de março de 2008, vítima de falência múltipla dos órgãos.

Sua morte foi notícia em todos os veículos de comunicação do país e ao seu funeral compareceram mais de quinhentas pessoas, entre ouvintes, políticos e artistas. No dia anterior, o prefeito da cidade do Rio de Janeiro, César Maia, anunciou que batizaria uma rua da cidade com seu nome, promessa que depois foi cumprida, dando-se o nome de "Largo Haroldo de Andrade" ao antigo Largo da Glória, na Zona Sul do Rio de Janeiro e bem próximo ao edifício-sede do Sistema Globo de Rádio."

Fonte: oquevaipelomundo.blogspot.com - Rodrigo Barros

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5 de março de 2011

A importância da produção literária local


O Jornal Inconfidência, por mim fundado em novembro último, tem confirmado o talento da professora Virgínia Cabral como escritora.

Desde adolescente cultiva o hábito da leitura e da produção de textos.

O fato de ser minha esposa não influencia meus comentários nesta postagem. Sei, de longa data, que a professora Virgínia é criadora de histórias que prendem a atenção dos seus leitores, um público até então privilegiado e reduzido.

Cultura e Educação andam paralelamente, apesar das dificuldades e diferenças sociais brasileiras. Quando identificamos uma produção literária, revelada através de artigos – trazendo consigo um repertório de três décadas de férteis composições que vão desde contos do cotidiano até a ficção – é preciso reverenciar.

E é isso que faço aqui, querida Virgínia.

Aceitou o convite da direção do JI para escrever seus artigos e desde então não param de chegar os comentários elogiosos a seu trabalho.

O texto abaixo, publicado na edição 07 do Jornal Inconfidência, vem sendo utilizado por professores de vários estabelecimentos de ensino, de Leopoldina e até mesmo de outras cidades, motivando o debate entre os educadores, o que é extremamente saudável.

Em breve, publicarei aqui outro artigo de autoria da professora Virgínia, focalizando a importância do “abraço” na relação marcante entre as crianças e os mestres. Esse texto mexeu comigo, e igualmente foi e é utilizado em várias escolas, em grupos de trabalho, enfim, tem servido como ponto de partida para a mudança de comportamento, partindo do ponto de vista dos educadores.

Parabéns, professora Virgínia. No ano em que comemora seus 25 anos de magistério, formando cidadãos, fortalecendo o caráter de seus alunos, que também são seus filhos, esta é uma pequeníssima homenagem a tudo aquilo que você representa para nós.

Até a próxima postagem, amigos e amigas. E aproveito para conclamar a todos para que retomem os comentários, ampliando o debate. Conto com vocês.



Ainda se pode sonhar e ser feliz

Em um livro que estava lendo nesta semana, deparei-me com uma frase que me fez refletir. Ela dizia assim: “Quando trabalhamos naquilo que acreditamos, não precisamos da noite para descansar e sim para sonhar”. Comecei então a pensar o quanto é importante estarmos na profissão certa, naquela em que nos realizamos. Pensando em meus alunos, imaginei quantos dali se realizariam profissionalmente. Hoje, ainda crianças e adolescentes, amanhã, futuros profissionais. Que responsabilidade nós, educadores e pais, temos com o futuro destes jovens? Precisamos abrir um leque de opções e oportunidades para que eles possam escolher aquilo que realmente será a sua realização profissional e pessoal. Como deve ser triste uma pessoa que trabalha naquilo que não acredita ou que não tem aptidão. De fato, deve ser desgastante chegar ao final do dia e perceber que, por mais que tenha trabalhado eficientemente, não contribuiu nada para a sua própria realização. Muito se fala nas profissões do futuro, naquelas que serão mais fáceis conseguir um emprego, bem remuneradas. Sempre tento passar para os meus alunos a idéia de que não há profissão melhor ou pior mas sim profissionais dedicados ou não. E como ser dedicado o tempo todo naquilo que não acreditamos? Por esse motivo é tão importante o papel do educador na orientação desses jovens que, ainda tão novos, precisam escolher a atividade que seguirão pelo resto de suas vidas. Esta escolha poderá ser determinante para a sua felicidade. Ensinar Matemática, Português, História, Geografia e tantas outras disciplinas curriculares não é difícil. O difícil mesmo é ensinar a sonhar... E mais difícil ainda é fazer acreditar na realização de nossos sonhos. Neste exato momento olho para o relógio e percebo o avançar das horas. Lembro-me, então, que amanhã precisarei acordar cedo, pois meus alunos estarão me esperando para mais um dia de trabalho. Encerro esta coluna. Desligo meu computador. Está na hora de sonhar...

(Envie-nos seu e-mail e receba, grátis, as edições do Jornal Inconfidência – publicação quinzenal)

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4 de março de 2011

Morre Aracy, viúva do escritor Guimarães Rosa

Este registro do Blog "cruza" informações da História e da Literatura brasileiras. Morreu na manhã desta quinta-feira (3) em São Paulo, aos 102 anos, a viúva do célebre escritor mineiro João Guimarães Rosa, Aracy Moebius de Carvalho Guimarães Rosa. Ela sofria de Mal de Alzheimer e, segundo a família, sua morte se deu em decorrência de causas naturais.

João e Aracy se conheceram na Alemanha, às vésperas da Segunda Guerra Mundial. Ela trabalhava na seção de vistos do consulado brasileiro em Hamburgo, enquanto Rosa exercia seu cargo de diplomata.


FOTO: REPRODUÇÃO




Casal se conheceu em Hamburdo, na Alemanha, às vésperas da Segunda Guerra Mundial

Formado em Medicina, Guimarães exerceu a profissão até 1934, quando ingressou na carreira diplomática, tendo servido na Alemanha, Colômbia e França.

Enquanto o marido era médico, além de diplomata, Aracy ajudou a salvar dezenas de vidas. Ela enganou a diplomacia de Getúlio Vargas para salvar dezenas de judeus na Segunda Guerra Mundial usando a sua função no consulado para ajudar famílias judias a fugirem da Alemanha. Por causa disso, seu nome foi gravado em uma placa no Jardim dos Justos, no Museu do Holocausto de Jerusalém. No Museu do Holocausto em Washington também há uma homenagem a ela.

Em um de seus livros mais famosos, “Grande Sertão: Veredas”, publicado em 1956, Guimarães Rosa imortalizou a amada com uma dedicatória: "A Aracy, minha mulher, Ara, pertence este livro". Onze anos depois, em 1967, morreu o escritor. Ele nasceu em Cordisburgo (MG) a 27 de junho de 1908.

Foto: http://themaias.wordpress.com





Aracy deixou quatro netos e oito bisnetos.

A ocasião nos permite relembrar, e ao mesmo tempo apresentar aos mais jovens que ainda não tiveram contato com esta pérola de nossa literatura, algumas referências sobre a vida e o legado de Guimarães Rosa.

Sua primeira obra foi Magma, um livro de poemas, com o qual obteve um prêmio da Academia. O livro ficaria inédito. Estreou para o público, de fato, em 1946 com um livro de contos que se tornaria um marco em nossa literatura: Sagarana. Mas sua consagração definitiva viria dez anos depois, com o romance Grande sertão: veredas. Eleito para a Academia Brasileira de Letras em 1963, só tomaria posse em 1967, morrendo três dias depois. No seu discurso de posse, em algumas passagens o escritor parece antecipar o fato. Os últimos parágrafos de seu discurso têm como assunto a morte. "A gente morre é para provar que viveu. (...) As pessoas não morrem, ficam encantadas." Mas a palavra derradeira desse discurso foi o nome de sua cidade natal: Cordisburgo.

Obra

Romance: Grande Sertão: Veredas (1956).

Contos: Sagarana (1946); Corpo de baile (1956); Primeiras estórias (1962); Tutaméia: terceiras estórias (1967); Estas estórias (1969); Ave, palavra (1970). Suas obras foram traduzidas para diversos idiomas. Corpo de baile apareceu, a partir da terceira edição, em três volumes: Manuelzão e Miguilin; No Urubuquaquá, no Pinhém; Noites do senão.

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Júlio Cesar Martins Gonçalves é natural de Leopoldina / MG. Radialista, Jornalista, Mestre de Cerimônias, Professor e Historiador graduado pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Cataguases / MG. Atuou nas principais emissoras de Rádio da Zona da Mata e nas Rádios Mundial AM e Globo FM do Rio de Janeiro (1982), ambas do Sistema Globo de Rádio. Foi locutor comercial e de cabine da TV Globo Juiz de Fora (1989). Apresentador de grandes eventos em Leopoldina e região nos últimos trinta anos. Exerceu o cargo de Chefe da Seção de Imprensa da Prefeitura de Leopoldina no primeiro mandato do Prefeito José Roberto de Oliveira. Ex-assessor na Assembléia Legislativa de Minas Gerais, ao lado dos deputados estaduais Bené Guedes e Bráulio Braz. Ex-assessor da Câmara Municipal de Leopoldina, na gestão do Presidente Ricardo Ávila. Após a criação da Secretaria de Meio Ambiente pelo Prefeito Bené Guedes foi nomeado Secretário de Meio Ambiente de Leopoldina (2009) alcançando grandes conquistas e avanços para o município. Ex-Presidente da Conselho Municipal de Meio Ambiente. Ex-Presidente da Lira Musical Primeiro de Maio. Membro do Rotary Club Leopoldina. Presidente do PMN - Partido da Mobilização Nacional - Leopoldina. Candidatou-se a deputado federal nas últimas eleições de 2010, apoiando incondicionalmente o Governador Antônio Anastasia, reeleito, além dos candidatos Aécio Neves e Itamar Franco, ao Senado, ambos vitoriosos. Obteve 6.135 votos em Leopoldina (22,19 do eleitorado), de um total de 7.092 votos obtidos em 91 municípios mineiros. Incluiu Leopoldina entre as três maiores votações percentuais do PMN em Minas Gerais. É o 5º Suplente da legenda para a Câmara dos Deputados. Em Novembro de 2010, após as eleições, retomou suas atividades profissionais na Imprensa, fundando o Jornal Inconfidência - publicação quinzenal, em cores e preto e branco, cobrindo Leopoldina e região. Clique aqui para me enviar um e-mail, ou escreva para: juliodaradio@gmail.com.


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